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Coreia do Sul aprova lei que proíbe o consumo de carne de cachorro

O hábito de comer carne de cachorro vem diminuindo na Coreia do Sul nas últimas décadas

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira (9) uma lei que proíbe o consumo de carne de cachorro no país. A nova regra começará a valer apenas a partir de 2027 e punirá os infratores com pena de dois anos de prisão ou multa equivalente a R$ 110 mil.

Pessoas que trabalham nesse segmento receberão subsídios do governo para conseguir novos empregos. O projeto contou com o apoio de parlamentares ligados ao governo e da oposição.

O hábito de comer carne de cachorro vem diminuindo na Coreia do Sul nas últimas décadas, sendo mais comum entre pessoas mais idosas. Além disso, o movimento de conscientização sobre a proteção de animais tem crescido no país.

Segundo a agência estatal Yonhap, existem cerca de 1.150 fazendas para a criação de cães para abate na Coreia do Sul. Além disso, 34 açougues, 219 distribuidores e aproximadamente 1.600 restaurantes vendem alimentos produzidos com carne de cachorro.

Por outro lado, a associação sul-coreana que representa a indústria de carne canina afirmou que a proibição afetará 3.500 fazendas que criam 1,5 milhão de cães, além de 3 mil restaurantes.

O debate para a criação de uma lei para banir o consumo de carne de cachorro no país vinha ganhando força desde 2021, quando o então presidente Moon Jae-in sugeriu a proibição.

O apoio ao projeto cresceu durante o governo do atual presidente, Yoon Suk-yeol, que adotou seis cães e oito gatos. A primeira-dama, Kim Keon Hee, também é conhecida por ser crítica ao consumo de carne canina.

Algumas tentativas de aprovar o projeto fracassaram no passado. Em novembro de 2023, um grupo de cerca de 200 criadores de cães fez um protesto perto do gabinete presidencial pedindo a revogação do projeto.

Foto: Freepik

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