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Montadora John Deere de Horizontina irá demitir 297 trabalhadores.

Serão 160 com contratos temporários, 70 efetivos com menos de três anos, 07 aposentados e 60 efetivos com mais de 03 anos

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Jorge Ramos, no ano de 2020, início da pandemia, a John Deere estava produzindo dentro de uma normalidade, com uma quantidade de colheitadeiras de outubro a abril, com as férias coletivas a partir de maio diminuiu a produção de colheitadeiras e aumentava de plantadeiras. Ainda segundo o sindicalista, no mesmo ano, a empresa efetuou mais de mil contratações, resultando em uma maior carga de produção, porém, com a falta de peças, muitas máquinas ficaram acumuladas no pátio chegando a uma quantidade superior a 800 unidades.

Jorge Ramos explicou que do ano 2022, até abril de 2023, a John Deere bateu um recorder produzindo 23 colheitadeiras por dia. Após as férias coletivas no mês de abril, a produção voltou para 18 e meses depois 16 máquinas e agora a produção será de 12 colheitadeiras por dia, volume que vinha sendo fabricado antes da pandemia.

O Presidente do Sindicato dos metalúrgicos de Horizontina, destacou que a entidade sindical foi procurada pela montadora na qual informou sobre a quantidade de produção por dia, ou seja, 12 máquinas conforme o plano fiscal da empresa que começou no dia 01 de novembro e terminará no dia 31 de outubro de 2024. Inicialmente a meta da John Deere era efetivar 350 demissões, no entanto, através de uma negociação com o sindicato, o número de demitidos baixou para 297.

Das 297 demissões que começam a partir desta segunda-feira, 06 de novembro, 160 serão de funcionários com contratos pré-determinados (temporários), 70 com menos de 03 anos na empresa, com atenção para evitar demissões de casais, ou seja, se a mulher for demitida, permanece empregado o homem e vice-versa, 07 trabalhadores já aposentados, mas que continuam trabalhando e 60 efetivos com mais de 03 anos na empresa.

Em negociação entre a empresa John Deere e o Sindicato dos Metalúrgicos foi firmado um acordo para que além da rescisão normal, os 70 demitidos com menos de Três anos de empresa sejam beneficiados com três meses de plano de saúde (Unimed) e um abono de R$1.350,00 a mais na verba rescisória.

Já os 60 demitidos e os 07 aposentados que continuam trabalhando, mas que também serão demitidos, receberão por pessoa, ou seja, (aqueles que possuem marido, esposa e filhos) o valor em dinheiro de R$960,00 multiplicados por três como se fosse um plano de saúde de três meses pagos pela empresa. Também estarão recebendo um abono a mais na verba rescisória no Valor de R$2.700,00

Para a Reportagem Silvio Brasil e Lupa Notícias, o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Jorge Ramos, disse esperar que essas sejam as últimas demissões e que em breve a situação se normalize com a venda do estoque existente de máquinas sendo este um dos principal motivos para as demissões e consequentemente a retomada na produção.

Com relação as metalúrgicas que produzem peças para a John Deere (os sistemistas), Jorge Ramos acredita que também sofrerão uma retração, sendo algo automático, pois antes fabricavam peças para 23 colheitadeiras, depois 18, 16 e agora a demanda será apenas para 12 máquinas como era o cenário antes da pandemia.

Fonte: Silvio Brasil e Lupa Notícias

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