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Mancha de calor identificada por satélite da Nasa mostra a presença do El Niño

Áreas vermelhas indicam locais onde o oceano estava mais alto do que o normal

A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) divulgou nesta quarta-feira (21) imagens de satélite que mostram uma mancha de calor no Oceano Pacífico, indicando a presença do El Niño em plena atuação.

Segundo a Nasa, a interpretação da imagem deve considerar que os tons de azul indicam níveis do mar abaixo da média, enquanto o branco representa as condições normais do nível do mar. Já as áreas vermelhas indicam locais onde o oceano estava mais alto do que o normal.

Nas captações feitas ainda durante o outono, de 1º a 10 de junho, é possível perceber nos pontos vermelhos o aumento do nível do mar. Isso ocorre, pois com o fenômeno as águas aquecem e se expandem.

Após a interpretação dos focos captados pelo satélites Sentinel-6 Michael Freilich e Sentinel-3B, os cientistas do laboratório de propulsão a jato concluíram que o Hemisfério Sul estava sendo atingido pelas alterações do El Niño antes mesmo do inverno começar. A estação teve início na quarta-feira.

Sob a influência do El Niño, o verão é mais intenso e o inverno menos rigoroso, em termos de temperatura, já que as frentes frias não conseguem atuar com a mesma força para gerar frio por maior número consecutivo de dias. Para a região sul do Brasil, o fenômeno El Niño deve provocar chuva acima da média nos próximos três meses.

A divulgação da Nasa cita as estimativas publicadas em abril pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa), que é referência para meteorologistas, e apontavam 62% de chances de início do fenômeno até julho, com probabilidades crescentes de começo para durante o inverno. Em junho de 2023, no entanto, o El Niño não estava tão avançado quanto os eventos anteriores do El Niño na mesma época do ano, de acordo com Josh Willis, oceanógrafo e cientista do projeto Sentinel-6 Michael Freilich no JPL. O que mudou depois e alterou a perspectiva para o fenômeno.

“Ainda é um pouco cedo para dizer se este será um grande problema. Provavelmente terá alguns impactos globais, mas ainda há tempo para esse El Niño desapontar”, disse Willis, no comunicado da Nasa.

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