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Empresa afirma acreditar que todos os passageiros do submersível desaparecido estão mortos

De acordo com Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, se confirmados os destroços do submarino, os cinco tripulantes não resistiram a pressão da água

A OceanGate, empresa que construiu o submersível que desapareceu no Oceano Atlântico no domingo (18) em viagem para visitar os destroços do Titanic, afirmou que acredita que “todos os passageiros morreram”.

De acordo com Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, se confirmados que os restos encontrados na manhã desta quinta-feira (22) são do submersível, os cinco tripulantes estariam mortos.

— Um erro nessa profundidade pode causar uma implosão instantânea — disse.

Segundo o porta-voz da Guarda Costeira, John Mauger, “foi uma catastrófica implosão”, confirmando que os destroços encontrados mais cedo são do submersível (leia mais abaixo).

A empresa emitiu uma nota:
“Esses homens eram verdadeiros exploradores, que tinham um espírito aventureiro e uma paixão pela exploração e proteção dos oceanos do mundo. Nossos sentimentos estão com os cinco espíritos e todos os membros das famílias deles nesse momento trágico. Nós lamentamos a perda de vida e a alegria que eles trouxeram a todos que eles conheceram.”

Morreram os bilionários Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation e Shahzada Dawood, o paquistanês vice-presidente do conglomerado Engro, seu filho Suleman, todos passageiros da expedição. A tripulação era composta pelo mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions.

Destroços encontrados
Porta-voz da Guarda Costeira dos Estados Unidos, John Mauger, afirmou que destroços foram encontrados a cerca de 500 metros da proa do Titanic, a 3,8 metros da superfície, nesta manhã. Ele afirmou que os escombros são “consistentes com a implosão do submarino”.

— Robôs submarinos continuarão na cena do acidente para investigações — afirmou o porta-voz.

Segundo a Guarda Costeira americana, o Titan implodiu em virtude da “catastrófica perda de pressão interna na cabine”.  Ele afirmou ainda que ainda é cedo para afirmar quando a implosão aconteceu. Segundo o porta-voz, “sonares não detectaram eventos catastróficos nas últimas 72 horas”, o que indicaria que a implosão aconteceu antes do início das buscas.

Mais cedo, David Mearns, um especialista em mergulho, afirmou em entrevista para a rede BBC, do Reino Unido, que entre os destroços encontrados por um robô nesta quinta-feira há uma estrutura de pouso e uma tampa traseira que pertencem ao submersível Titan, que desapareceu no domingo (18).

Mearns é amigo de dois passageiros a bordo do Titan. Ele declarou à BBC que recebeu essa informação do presidente do Clube dos Exploradores, uma associação que participa das operações de busca pelo submersível.

Relembre o caso

No domingo, um submersível que levava cinco pessoas a bordo em direção aos destroços do navio Titanic perdeu contato com a superfície após duas horas de descida.

Os destroços do Titanic, que naufragou em 1912, estão localizados a 650 quilômetros da costa do Canadá. Os mergulhos exclusivos para visitar o histórico transatlântico custam US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,19 milhão).

Durante a expedição, a equipe documenta o que sobrou do Titanic com câmeras de alta definição, que são capazes de monitorar a deterioração da embarcação e seus detalhes.

Como a capacidade do submersível é de cinco pessoas, a tripulação é composta por um piloto, três clientes e um funcionário que a empresa chama de “especialista em conteúdo”.

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