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Assembleia Legislativa aprova projeto que aumenta contribuição dos servidores ao IPE Saúde

Por 36 votos contra 16, deputados chancelaram proposta que amplia de 3,1% para 3,6% a alíquota mínima do plano retirada dos salários do funcionalismo

Com as galerias vazias e as entradas obstruídas por manifestantes durante boa parte do dia, a Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (20), o projeto de reestruturação financeira do IPE Saúde. Por 36 votos contra 16, os deputados chancelaram o aumento na contribuição dos servidores estaduais, cujo desconto mínimo sobre os salários irá saltar de 3,1% para 3,6%.

Inicialmente marcada para as 14h, a sessão só teve início duas horas mais tarde, em função das manifestações do lado de fora da Assembleia. Desde as primeiras horas da manhã, ônibus vindos do Interior e da Região Metropolitana estacionaram no entorno da Praça da Matriz, transportando servidores para a manifestação. Uma das primeiras ações foi formar um cordão humano em todas as entradas da Assembleia, impedindo o acesso de servidores e dos deputados.

Com faixas, cartazes e carros de som, os manifestantes gritavam palavras de ordem, pedindo a retirada do regime de urgência do projeto, o que adiaria a votação.

Sem conseguir acessar a Casa, os deputados se dirigiram ao Memorial da Assembleia, do outro da Rua Duque de Caxias. Boa parte da base governista, que participava de um café da manhã com o governador Eduardo Leite no foyer do Theatro São Pedro, logo foi ao local.

Na tentativa de negociar uma conciliação, o presidente da Assembleia, Vilmar Zanchin (MDB) foi à rua, conversar com os líderes da manifestação. Todavia, a presidente do CPERS, Helenir Schürer, reafirmou a disposição dos manifestantes de impedir a votação.

Zanchin retornou ao Memorial. Houve uma tensa reunião para decidir os rumos da sessão. Os partidos de esquerda pediram o adiamento da votação, hipótese que quase acabou referendada. A deputada Nadine Anflor (PSDB) reagiu, argumentando que na próxima sessão a presença de manifestantes podia ser ainda maior.

Zanchin saiu para uma conversa particular com o líder do governo, Frederico Antunes (PP) e, na volta, conduziu a decisão da Mesa de que haveria sessão e a Brigada Militar (BM) deveria ser chamava para liberar a entrada dos deputados.

Às 14h, o pelotão de choque da BM saiu do Palácio Piratini e ocupou o trecho da Rua Duque de Caxias, desde o Piratini até a esquina com a Rua General Auto. A ação policial permitiu a abertura de um corredor entre o Memorial e um dos portões laterais do Auditório Dante Barone. Com caminho livre, os deputados cruzaram a rua e entraram na Assembleia.

 

Fonte: GZH

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