O turismo é uma das áreas da economia do Rio Grande do Sul mais afetadas pela calamidade climática. Em reunião realizada na sede do Ministério da Reconstrução, em Porto Alegre, o ministro Paulo Pimenta, o secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi, e o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimento no Turismo, Carlos Henrique Menezes Sobral, receberam demandas sobre a aplicação dos recursos do Novo Fundo Geral de Turismo – Fungetur. Há a solicitação de um aporte de mais R$ 100 milhões para o setor, o que será concretizado com recursos da pasta do Turismo.
“O Turismo é essencial para a economia do estado. O Governo Federal tem alocado recursos e está à disposição para ouvir as demandas”, destaca o ministro Paulo Pimenta. O Governo Federal já disponibilizou R$ 100 milhões em crédito ao turismo gaúcho, dos quais R$ 37 milhões já chegaram aos clientes. Os representantes do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e Badesul, que realizam as operações, estavam presentes na reunião e explicaram que há demanda para mais R$ 100 milhões.
“O pedido é para que o recurso possa ser disponibilizado para os municípios de todo estado, e não apenas para aqueles que se encontram em calamidade pública, reconhecida pelo Governo Federal”, explica Carlos Sobral. O secretário Milton Zuanazzi salienta que a liberação dos valores deve ocorrer o quanto antes: “Há uma reivindicação para quem perdeu faturamento. O turismo tem muita gente fora da calamidade pública, caso de municípios da Serra Gaúcha”, completa Zuanazzi.
O encontro contou com a presença do presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes da Serra Gaúcha (SindTur), Cláudio Souza, do presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, Ranolfo Vieira Junior, do gerente operações do BRDE, Paulo Raffin e de representantes do Badesul: o diretor de operações, Flavio Lammel, diretor de operações do setor público, Kalil Sehbe Neto, diretor jurídico, Maurício Dziedricki e a superintendência de planejamento, Renata Freire Pinto.
Os interessados em acessar o Fungetur, operado com verbas do Ministério do Turismo e que contempla preferencialmente micro, pequenas e médias empresas, devem estar inscritos no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos). A relação de beneficiários inclui meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos.
Também poderão contar com os benefícios os seguintes tipos de estabelecimento, desde que registrados no Cadastur: restaurantes, cafeterias, bares e similares; centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a exposições e similares; parques temáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva.
A lista pode incluir, ainda, casas de espetáculos e equipamentos de animação turística; organizadores, promotores e prestadores de serviços de infraestrutura, locação de equipamentos e montadoras de feiras de negócios, exposições e eventos; locadoras de veículos a turistas e prestadores de serviços especializados na realização e promoção das diversas modalidades dos segmentos turísticos, abrangendo atrações turísticas e empresas de planejamento, bem como a prática de suas atividades.
Foto: Lucas Leffa/Secom/PR