Prefeitos do Rio Grande do Sul realizaram nessa quarta-feira (3) um protesto em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. O grupo pediu a recomposição de receitas devido às perdas com as enchentes que atingiram o Estado em maio. Eles se encaminharam à sede do governo federal e tentaram subir a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançava o Plano Safra.
Ao lado de deputados, os prefeitos foram orientados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a não acessar o Planalto desta forma, já que a rampa é reservada a solenidades e recepção de chefes de Estado.
Mais cedo, os mesmos prefeitos fizeram uma manifestação no Salão Verde da Câmara, acompanhados pelo governador Eduardo Leite (PSDB-RS).
Além disso o prefeito de Carazinho, Milton Schmitz, participou de agenda no Ministério da Saúde para tratar de demandas relativas a UPA 24h. Devido ao elevado número de atendimentos está sendo pleiteado uma alteração do Porte da Unidade que possibilitará um aumento de repasse de recursos e mais profissionais para atendimento. Outra demanda refere-se ao aumento de recursos para atendimento à Saúde no HCC.
A participação de Carazinho neste evento reforça o compromisso da administração em trabalhar na busca de recursos e políticas que beneficiem a população local e contribuam para o desenvolvimento do município e do estado
O movimento municipalista é promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e conta com o apoio do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que representa a Mesa Diretora da Câmara e acompanhou o grupo na Câmara e na ida ao Planalto.
Eles pediram uma reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para entregar as demandas. Segundo o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Marcelo Arruda, o governo se comprometeu a analisar os pleitos.
“Ficou alinhado o recebimento de duas demandas pelo ministro Padilha, que irá alinhar com o ministro (Paulo) Pimenta (Reconstrução do RS) e o presidente Lula. Pedimos pedimos retorno no dia 17 (deste mês) no congresso da Famurs que teremos em Porto Alegre. (Queremos a) garantia da recomposição do ICMS e ISS a contar de primeiro de maio para municípios e Estado, ajudar ambos. Também FPM (Fundo de Participação de Municípios) extra para demais municípios que não estão em calamidade.
Na Câmara, Eduardo Leite falou sobre as perdas do Estado e cobrou o governo:
“A gente pede uma mobilização a mais. Um esforço a mais para que o Rio Grande do Sul seja capaz de superar esse momento delicado e haja a recomposição da arrecadação. Os estados e os municípios não podem emitir dívidas. A União tem essa capacidade, por isso é ela que deve prestar o socorro, que até agora não veio”, afirmou.
Fonte: Marcelo Campos/ Ascom/Carazinho
Foto: Ascom/Carazinho