Balanço divulgado nessa terça-feira (2) pelo governo federal apontam um saldo de 47.125 empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul entre janeiro a maio. Foram 675.057 admissões contra 627.932 dispensas durante o período. Porto Alegre lidera o ranking, com desempenho positivo de 5.910, resultante da diferença entre 110.816 contratações e 104.906 desligamentos.
Impactado pelas enchentes históricas, o Estado perdeu em maio 22,2 mil postos formais. Na indústria foram 6.586 postos a menos no período, ao passo que no comércio houve redução de 5.520. Em seguida aparece o setor agropecuário, com retração de 4.318.
“Mesmo com as consequências das enchentes de maio, permanecemos com índices positivos de empregabilidade em 2024”, ressalta o titular da Secretaria Estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella. “Agora estamos focados em manter os postos de trabalho, oferecer possibilidades de qualificação e requalificação, bem como apoiar os microempreendedores individuais”.
Ele acrescenta que o governo gaúcho tem atuado junto ao federal e às prefeituras para a retomada econômica após a pior catástrofe já ocorrida no Rio Grande do Sul: “Estamos remodelando programas com atenção prioritária nos 95 municípios ainda sob situação de calamidade pública para reverter a situação”.
As informações constam em boletim do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. O estudo tem por base o registro permanente do fluxo de admissões e demissões de empregados no âmbito do regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Esse acompanhamento é realizado por meio de ações como o seguro-desemprego, o que permite a conferência de dados sobre vínculos trabalhistas. Também auxilia na gestão de programas sociais como o Bolsa Família, além de servir de apoio à elaboração de pesquisas, projetos e outras iniciativas voltadas ao mercado de trabalho.
Projeção
Das 27 unidades da Federação, 26 apresentaram crescimento no saldo de vagas preenchidas. A exceção foi justamente o Rio Grande do Sul, que deve apresentar saldo negativo em junho e julho, ainda sob impacto das perdas causadas pelas cheias.
“O tempo todo a nossa preocupação é com o processo de retomada”, salienta o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Acredito que na hora que começar os canteiros de obras em habitação e equipamentos públicos, a tendência é de que a economia volte a girar no Estado e tenhamos novamente números positivos, talvez a partir de agosto.”
Fonte: Marcello Campos
Foto: EBC