A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede de uma empresa de caminhões-pipa investigada por furtar água de hidrantes em Porto Alegre durante a enchente e revender por preços superfaturados a condomínios e outros locais.
O crime teria sido cometido pelo menos 65 vezes no período em que diversos pontos da Capital enfrentavam falta de água. A operação foi realizada na sexta-feira (21) com o objetivo de apreender documentos e aparelhos eletrônicos.
“Após extenso trabalho de análise de imagens de câmeras de monitoramento, a equipe de investigações da Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual, Imaterial e Afins conseguiu identificar que o furto qualificado ocorreu sem a devida autorização do Dmae, entre os dias 6 e 21 de maio, sendo cobrado valores superiores aos praticados no mercado para o fornecimento de água potável a condomínios e demais atingidos pelo desabastecimento de água decorrente das enchentes”, informou a Polícia Civil.
“A prática do delito não apenas configura crime de furto qualificado, tendo como vítima a administração pública, como se trata de conduta reprovável do ponto de vista social, posto que a empresa investigada se locupletou em momento de crise generalizada derivada da enchente que assolou o Estado”, prosseguiu a corporação.
O nome da empresa não foi divulgado. Não houve prisões. O proprietário e colaboradores podem ser indicados pela prática de furto qualificado.
Foto: Polícia Civil/Divulgação