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Semana terá ao menos três dias de chuva e queda na temperatura no RS

Alertas de precipitação intensa em parte do Estado permanecem para esta segunda-feira; maiores acumulados devem ser observados na serra gaúcha e nas regiões Noroeste, Nordeste e Metropolitana

A instabilidade deve seguir predominando em grande parte do Rio Grande do Sul no decorrer da semana. Até sexta-feira (17), serão pelo menos três dias de chuva, sendo que os maiores acumulados estão previstos já para segunda (13). De acordo com meteorologistas, a temperatura também continuará caindo, com possibilidade de geada em algumas regiões e mínimas de 2°C e 3°C.

Há dois alertas de perigo para chuva intensa (um amarelo e um laranja) na segunda-feira. Os avisos emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet) são válidos até as 18h, mas abrangem regiões diferentes.

O laranja indica risco de chuva entre 50 e 100 milímetros por dia e de ventos de até 100 km/h na serra gaúcha e nas áreas noroeste, nordeste, central e metropolitana do Estado, além de parte de Santa Catarina. Já o amarelo sinaliza possibilidade de precipitação menos intensa (até 50 milímetros por dia) e de rajadas de até 60 km/h no Centro, no Sudeste, no Noroeste, no Sudoeste e em parte da  Região Metropolitana.

A média histórica de chuva para todo o mês de maio no RS varia de 140 a 180 milímetros, por isso, a possibilidade de chegar a 100 milímetros em um dia é preocupante.

Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo, explica que essa chuva é resultado da combinação de uma área de baixa pressão com a umidade trazida do norte do Brasil, que potencializa a instabilidade. Entretanto, ressalta que os acumulados não devem ser tão expressivos (acima de 100 milímetros) como aqueles registrados recentemente – o problema é que qualquer quantidade de água pode trazer riscos, já que aumenta ainda mais o nível dos rios e a possibilidade de deslizamento de terra.

— Para Caxias do Sul, a previsão é de 50 milímetros e, Passo Fundo, 45 milímetros. Mas, na Fronteira Oeste, já começa a secar e a temperatura começa a cair — comenta.

Na terça-feira (14), o tempo fica firme na maior parte do Rio Grande do Sul – a exceção fica por conta da divisa com Santa Catarina, onde ainda pode ter chuva fraca e pontual. Isso ocorre por conta da chegada de uma passa de ar polar, que também fará a temperatura cair em outras regiões, havendo possibilidade de geada na Fronteira Oeste e na Campanha.

Em Bagé, a mínima prevista é de 2°C e, a máxima, de 13°C. Em Uruguaiana, os termômetros variam entre 4°C e 15°C, e, em Passo Fundo, entre 6°C e 13°C. Na Capital, a temperatura ficará entre 11°C e 16°C.

O tempo firme deve se estender até quarta-feira (15). Conforme Patrícia, o ar frio vai subindo, causando uma queda ainda maior na temperatura das regiões ao norte do Estado. Há chance de geada na Campanha e na Serra.

Retorno da chuva

O céu nublado e a condição para pancadas de chuva retornam na quinta-feira (16). A precipitação poderá ser mais forte nas regiões próximas à Serra, Missões e Litoral Norte.

— A massa de ar polar se afasta para o oceano e o transporte de umidade da região Norte para o RS retorna. Também haverá cavados, que são prolongamentos de área de baixa pressão, que ajudam a fabricar nuvens de chuva. Mas não deve ser tão forte — afirma Patrícia.

Na sexta-feira, a chuva deve se espalhar por todo o Rio Grande do Sul com mais intensidade. Estão previstos volumes de 20 a 40 milímetros para municípios do Centro e da metade Norte. No Sul, na Campanha e na Fronteira Oeste, deve ser mais fraco.

Alerta para os rios

Os expressivos acumulados de chuva registrados no final de semana e previstos para segunda-feira devem impactar também na cheia dos rios.

É provável que a partir desta noite de domingo (12), e principalmente durante a segunda-feira (13), já comece a elevação gradual do Guaíba. E tem um fator vento: esse vento que sopra hoje é de leste. É um vento que vai represar bastante nas próximas horas ou vai piorar bastante a situação no sul do Estado, porque vai ficar entre leste e sudeste, que é exatamente o vento mais crítico para a região da Lagoa dos Patos, na saída, entre Pelotas e Rio Grande.

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