Imagens capturadas neste domingo (15), pelo Deep Space Climate Observatory (DSCOVR), telescópio da Agência Aeroespacial Americana (Nasa), mostram o Brasil coberto por fumaça. As partículas cobrem especialmente na região Oeste, onde acontecem queimadas na Amazônia e no Pantanal.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que, apenas em setembro, o Brasil registrou 57.312 focos de incêndios.
O DSCVOR, lançado ao espaço em fevereiro de 2015, possui uma órbita única e, pela distância em que está posicionado em relação ao planeta Terra, permite monitorar fenômenos atmosféricos e espaciais com perspectiva ampla. Ele fica a 1,5 milhão de quilômetros da Terra e a mais de 148 milhões de quilômetros do Sol.
É possível ver por meio do equipamento, por exemplo, o fluxo de nuvens na atmosfera terrestre. No entanto, a massa de ar que aparece sobre quase metade do território brasileiro desta vez é acinzentada, da cor da fumaça das queimadas.
A captura da fumaça nas imagens via DSCVOR, um satélite tão distante da Terra, significa que há grande volume. O registro do satélite mostra um corredor cinza, com maior volume na região da Floresta Amazônica e do Pantanal, mas que desce em direção ao sul do país.
Nesta semana, no Rio Grande do Sul, o céu deve se manter limpo da fumaça pelo menos até quarta-feira (18), resultado do vento frio que está impedindo a entrada do ar que sopra da região norte do país.
O Pantanal registrou em junho de 2024 novo recorde de focos de incêndio. No primeiro semestre, a Floresta Amazônica também teve o número mais alto de focos de fogo e tem visto rios atingirem os níveis mais baixos da história, com riscos para o transporte fluvial, a pesca, o abastecimento e o turismo.
Fonte: GZH / Foto: Divulgação / Nasa