Chegou a 19 o número de mortes por leptospirose após os temporais e cheias no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (14), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou mais dois óbitos em razão da doença, transmitida na água suja, contaminada pela urina de ratos
Na soma dos óbitos, uma morte não está relacionada ao contexto das enchentes.
A primeira vítima de leptospirose após as cheias foi Eldo Gross, um homem de 67 anos, morador de Travesseiro, no Vale do Taquari.
Todas as vítimas são homens, com idades até 69 anos, afirma o governo do estado. Há outras quatro mortes pela doença que estão sendo investigadas pela SES. Oito óbitos foram descartados após exames.
A Secretaria da Saúde recebeu 5,1 mil notificações de casos de leptospirose, dos quais 265 foram confirmados.
Os exames que confirmam ou não os casos de leptospirose são feitos pelo Laboratório Central (Lacen) do RS. Os especialistas dispõem de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR), para casos suspeitos nos primeiros sete dias de sintomas, e o diagnóstico sorológico, que detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente após sete dias de sintomas.
Em 29 de abril, um período de chuvas intensas teve início na Região dos Vales. Nos dias que seguiram, as enchentes e os transtornos atingiram a Região Metropolitana, Vale do Taquari e Sul do estado. Ao todo, 176 pessoas morreram e 2,3 milhões foram afetadas no RS.