A chuva continuará afetando o Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (3). Segundo a previsão, a condição deve ser mais grave na metade norte do Estado. Os municípios próximos da divisa com Santa Catarina continuam sendo classificados como regiões de perigo extremo pela Climatempo. Nessas áreas, volume total de chuva até a noite pode ultrapassar os 100 milímetros.
— Para sexta-feira, ainda tem previsão de chuva forte e volumosa especialmente na Metade Norte, pegando a Região das Missões, Norte, Centro, Região dos Vales e a Serra. Continua em perigo extremo o Norte. Parte das Missões e da Região dos Vales está em perigo. As regiões Central e Metropolitana estão em atenção — afirma Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo.
Nessas áreas, a sexta-feira será chuvosa e sem abertura de sol. Nos municípios próximos da divisa com Santa Catarina, há chances de tempestades a qualquer hora do dia. Na Fronteira Oeste, a condição é de chuva fraca, muita nebulosidade e poucas aberturas de sol. Na metade sul do Estado, pegando a Campanha e a Região Sul, a condição de chuva também será menos intensa. Há chances de rajadas de vento que podem variar entre 40km/h e 50km/h em todo o Estado.
Segundo o mapa da Climatempo (confira abaixo), nessa sexta-feira, deve chover entre 100 e 120 milímetros na área sinalizada pela cor roxo-escuro, que engloba municípios como Erechim e Vacaria. Já na área pintada de rosa, que pega Santa Rosa, pode chover entre 70 e 100 milímetros. Em cidades como Santa Maria, na cor vermelha, a previsão é que chova entre 50 e 70 milímetros. Já onde está sinalizado com a cor amarela, deve chover abaixo dos 50 milímetros.
No sábado (4), o dia fica chuvoso e em alguns momentos a condição pode ter forte intensidade, especialmente no Noroeste, Norte, Serra, Região Metropolitana, Litoral Norte e Região Sul. Segundo Patrícia, fica mantido o alerta para as áreas perto de Santa Catarina, enquanto as outras áreas ficam em atenção. No Oeste e Campanha, pode ocorrer garoa pela manhã.
— O que estava provocando toda essa chuva foi a passagem de uma frente fria e a umidade que vem da Amazônia. Agora essa frente já está em alto mar, mas o fluxo de umidade de Norte ainda persiste. Além disso, para sábado, tem o deslocamento de uma baixa pressão do interior do continente em direção à costa e ainda o fluxo de umidade direcionado para o Estado. Por isso, os alertas continuam — garante.
Ainda, a Climatempo descartou a possibilidade de um ciclone extratropical, formado na latitude aproximada das Malvinas, estar influenciando a chuva no Rio Grande do Sul. De acordo com Patrícia, o que mais afeta a condição é o padrão de bloqueio atmosférico no interior do país, favorecendo o escoamento da Amazônia sobre a Região Sul.
Fonte: GZH/Produção: Yasmim Girardi
