O Rio Grande do Sul registrou, pelo terceiro ano consecutivo, a maior taxa de mortalidade por Aids entre os estados brasileiros. Em 2022, o estado teve 7,3 mortes pela doença a cada 100 mil habitantes. Porto Alegre também é a Capital com a maior taxa, com 23,8 óbitos a cada 100 mil moradores, o que representa quase seis vezes o coeficiente nacional, que é de 4,1.
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (30), em Brasília, no boletim epidemiológico sobre HIV/Aids de 2023, que apresenta dados até 2022. Nesta sexta (01), celebra-se o dia mundial da luta contra a doença.
Em 2022, 1.130 pessoas morreram por causa da doença no RS, quase 20% a menos do que as 1.397 registradas 10 anos antes.
Dados nacionais
No Brasil, houve queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por Aids nos últimos 10 anos: a taxa passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde registrou 10.994 mortes por HIV ou Aids no país, cerca de 8,5% menos do que as 12.019 mortes registradas em 2012.
Ainda de acordo com o boletim, 61,7% dos óbitos por Aids no Brasil foram de pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos.
O Ministério da Saúde estima que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino. Enquanto 92% dos homens estão diagnosticados, apenas 86% das mulheres possuem diagnóstico