O fenômeno climático El Niño deve durar pelo menos até abril de 2024, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (8) pela OMM (Organização Meteorológica Mundial).
Segundo a agência da ONU (Organização das Nações Unidas), o fenômeno se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir o seu pico no primeiro semestre do ano que vem.
Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece no intervalo de dois a sete anos. A sua duração média é de 12 meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global.
Apesar das consequências do fenômeno, em geral, serem observadas no ano seguinte ao seu desenvolvimento, 2023 se encaminha para se tornar o ano mais quente da história. Antes de 2023, 2016 foi o ano mais quente registrado. A marca foi atingida por conta de uma combinação de fatores, com a junção de um El Niño excepcionalmente forte e da alta nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
“O ano que vem será ainda mais quente. Isso é uma consequência clara da contribuição crescente das concentrações de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
Ele alertou ainda que eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes serão mais comuns em algumas regiões e podem gerar maiores impactos.
Foto: OMM