PolíciaEstadoGeral

Mulher usa lençol como corda para fugir de local onde era mantida em cárcere privado por suspeito de estupro no RS, diz polícia

Ela tinha acesso aos outros cômodos somente à noite, quando o homem voltava do trabalho. A mulher relatou que foi ameaçada, agredida e estuprada durante três meses.

Uma jovem, de 21 anos, conseguiu fugir de um apartamento onde era mantida em cárcere privado há três meses por um suspeito de estupro em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na segunda-feira (27). De acordo com a Polícia Civil, ela usou um lençol como corda para escapar do local. O homem, que tem 47 anos, foi preso.

Segundo a delegada Michele Arigony, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a jovem, que é garota de programa, foi impedida de sair do apartamento, no bairro São Miguel, depois de ir ao local para fazer um atendimento. Quando tentou ir embora, ela contou à Polícia Civil que foi impedida e trancada em um dos quartos do imóvel.

Ela tinha acesso aos outros cômodos somente à noite, quando o homem voltava do trabalho. A mulher relatou que foi ameaçada, agredida e estuprada durante três meses.

“Na segunda-feira, ela conseguiu arrombar a porta danificando o marco dela. Estava determinada a fugir. Com um lençol, fez uma corda e, do terceiro andar, conseguiu descer pela janela até o segundo [andar], onde pediu ajuda para um vizinha. Ela procurou a delegacia de polícia e nós, em seguida, fomos até lá para fazer a prisão do suspeito”, relata a delegada Michele.

O homem foi encontrado no local em que trabalha e preso. Depois, foi levado para a delegacia de polícia e, então, para Porto Alegre, onde deverá ser definida a penitenciária onde vai ficar. Ele deve ser indiciado por cárcere privado, ameaça, lesão corporal e estupro.

A mulher foi levada para receber atendimento médico em um hospital. Após, voltou para a casa da mãe, com quem vivia.

A delegada Michelle conta que, apesar de estar há três meses desaparecida, ninguém procurou a polícia para registrar o caso. Além disso, vizinhos do apartamento onde ela estava presa contaram terem ouvido pedidos de socorro, mas ninguém denunciou à polícia.

“É importante que as pessoas denunciem. A Polícia Civil oferece canais onde isso pode ser feito de forma anônima”, explica a delegada.

É possível denunciar casos de violência contra a mulher das seguintes formas:

Emergência: ligue 190 para falar com a Brigada Militar: o atendimento telefônico é gratuito e imediato. A central funciona 24 horas.

Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, do Governo Federal (o serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes e fornece informações sobre os direitos das mulheres, bem como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso, como as Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam).

Procure uma Delegacia Especializada da Mulher: a ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O contato pode ser feito pelas formas a seguir:

WhatsApp: mandar mensagem para (61) 99656-5008

Telegram: digitar “Direitoshumanosbrasilbot” na busca do aplicativo

Fonte: G1/RS

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo