A Defesa Civil confirmou, na manhã deste sábado (17), mais duas mortes após o ciclone extratropical no Rio Grande do Sul – agora, o total de vítimas em solo gaúcho sobe para sete. Um idoso de 73 anos caiu com o carro no Rio Caí e morreu afogado no município de Bom Princípio, no Vale do Caí. Em Caraá, no Litoral Norte, um homem ainda não identificado foi localizado sem vida.
Duas horas antes, a Defesa Civil havia anunciado uma nova morte, de um homem de 29 anos que caiu do telhado e se afogou em uma área alagada em Gravataí, na Região Metropolitana.
Em São Leopoldo, no Vale do Sinos, está o maior número de óbitos: morreram um homem de 23 anos, vítima de choque elétrico, e outro que teve o carro em que estava arrastado pela correnteza de um riacho.
Em Maquiné, no Litoral Norte, houve a morte de um homem de 69 anos que estava dentro de casa com esposa e sogra, no bairro Mundo Novo, quando ocorreu um deslizamento de terra – as mulheres estão desaparecidas. Outra morte ocorreu em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos: um homem de 60 anos morreu afogado.
Há, ainda, seis desaparecidos em Caraá. As buscas foram reiniciadas nesta manhã. Após o ciclone extratropical, a Defesa Civil atendeu a 40 municípios gaúchos e registrou 2.330 desabrigados e 602 desalojados.
A passagem do ciclone extratropical deixou um cenário de destruição em Caraá, com casas arrastadas pela força das águas, pontes rompidas, inundações e desolação entre a população de pouco mais de 8 mil habitantes.
A ponte do Arroio do Carvalho, situada na RS-030 e que delimita os municípios de Caraá e Santo Antônio da Patrulha, caiu. Entre os desaparecidos em Cará, três seriam de uma mesma família, sendo dois idosos, de 75 e 73 anos, e uma adolescente de 14. Todos teriam sido arrastados pelas águas na localidade de Passo do Marco.
A chuva no Rio Grande do Sul foi tanta que superou os 100 milímetros em muitas áreas, aproximando-se e até superando a média histórica para junho, que varia de 140 a 180 milímetros na região. Em Maquiné, o prefeito afirmou que a cidade teve a maior cheia dos últimos 50 anos.
Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, chegaram por volta das 8h15min deste sábado (17) ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para conferir os impactos do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.
A comitiva viajou por determinação do presidente Lula (PT) e será recebida pelo governador Eduardo Leite (PSDB). O Ministério do Desenvolvimento Social já anunciou a doação de 4 mil cestas de alimentos.
Fonte: G1/RS