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Corrida contra o tempo: remoção de recém-nascido do HCC para Porto Alegre mobiliza autoridades e profissionais da saúde

A Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) removeu no domingo (02), do Hospital de Caridade de Carazinho para o Hospital Fêmina, em Porto Alegre, um bebê de apenas 1030 Kg, que precisava de atendimento em UTI Neonatal e de cirurgia pediátrica.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) removeu no domingo (02), do Hospital de Caridade de Carazinho para o Hospital Fêmina, em Porto Alegre, um bebê de apenas 1030 Kg, que precisava de atendimento em UTI Neonatal e de cirurgia pediátrica. Para a transferência dele, houve a mediação da Secretaria Municipal de Saúde de Carazinho, do Poder Judiciário, bem como da Secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, que prontamente atendeu a demanda de Carazinho, e contou com um serviço especializado de transporte aéreo e terrestre, avião e ambulância com UTI, disponibilizados pelo Estado.

O Hospital de Caridade de Carazinho conta com o Gerenciamento de Internações Hospitalares (Gerint), um sistema vinculado ao SUS, onde o objetivo é atender de forma mais ágil os pacientes em casos mais graves. Neste sentido, no caso ocorrido neste final de semana, o leito disponível em todo o Rio Grande do Sul, foi no Hospital Fêmina em Porto Alegre.

O bebê nasceu com 30 semanas de gestação, ou seja, bastante prematuro, uma vez que a idade gestacional para o nascimento é de 38 a 41 semanas. Ele permaneceu aos cuidados da equipe do HCC por mais de 24 horas, recebendo todo o cuidado especializado que precisava, mesmo a Instituição não sendo referência para partos de alto risco e bebês prematuros. Ele ainda necessitava de procedimento cirúrgico para que não houvesse maior comprometimento de sua saúde.

Segundo a gerente assistencial do HCC, enfermeira Aline Vanessa de Ávila, a equipe de enfermagem e médica do HCC realiza a avaliação do paciente e informa no Gerint os critérios de risco. “É a partir dessa avaliação profissional, que o paciente é direcionado para um hospital de referência garantindo assim a assistência necessária na alta complexidade. O manejo inicial realizado na instituição é primordial para que a transferência possa ser realizada, e a família seja acolhida com a humanização e carinho neste momento tão delicado”, explica.

A secretária municipal de saúde, Anelise Almeida, ressalta o trabalho das equipes do HCC nas informações precisas e na busca de leitos. Ela ainda ressalta que o papel do Município nestes casos, é no transporte dos pacientes, que muitas vezes acontece através da UTI Móvel. “Todo o trabalho de regulação, no caso desse bebê, foi feito através da equipe da Maternidade do HCC, com o controle e o contato com o hospital Fêmina. O Estado disponibilizou um transporte aéreo para levar o bebê acompanhado do pai. Percebemos um esforço bem grande por parte do Estado, de fazer uma regulação adequada e dar as condições no encaminhando dos pacientes para hospitais de referência. Parabenizo as equipes do HCC, por muitas vezes, fazer o que vai além da alçada desses profissionais. Uma equipe médica e de enfermagem muito atenta e comprometida, fazendo os encaminhamentos corretos e adequados. Para a família essas horas são angustiantes, mas o que garante o sucesso da regulação é a qualificação da equipe”, concluiu.

De acordo com a promotora de justiça de Carazinho, Dra. Adriana Costa, a preocupação da Promotoria é dar o atendimento de que o paciente e a família necessitam, tranquilizar os familiares e buscar o mais rápido possível o leito para garantir a sobrevivência do paciente. “Neste caso, embora tenha sido feita a correta alimentação de informações no Gerint, nossa preocupação é que não daria tempo para essa transferência. Trabalhamos em conjunto com o Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Saúde e obtivemos êxito na transferência após decisão no processo ajuizado. Posteriormente, houve continuidade do trabalho em rede, com a disponibilização de transporte e local de repouso para que os pais pudessem ficar próximos ao bebê. Ressaltamos que não é objetivo de um processo judicial que um paciente passe na frente de outro na fila de espera, tanto que nesta decisão do final de semana ficou determinado que o Estado, na falta do leito SUS, custeasse um leito privado caso fosse preciso, além do transporte em meio adequado, considerando a gravidade do quadro de saúde do paciente”, explicou a Dra. Adriana.

Segundo o presidente do HCC, Jocélio Cunha, essa mobilização de todos, Ministério Público, Secretaria de Saúde do Estado, Secretaria Municipal de Saúde, as equipes de atendimento, a Unimed, enfim… todos os que de uma forma ou de outra, fizeram com que esse bebê recebesse o atendimento que necessitava, demonstra a preocupação e a agilidade de todos em salvar vidas. “Na noite de domingo foi uma corrida contra o tempo para salvar o bebê que nasceu no HCC. Apesar de a instituição ainda não ter uma UTI Neonatal, decorrente de todo o processo que isso envolve, temos a segurança de que esse atendimento será feito, não importa a distância, existe uma equipe especializada que nos deixa com essa segurança”, disse Jocélio.

Segundo informação dos familiares, o bebê está estável, passando por exames e se recupera bem.

 

Fonte: Ascom/Hcc

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