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Contrabando de bebidas pode estar ligado a lavagem de dinheiro, declara agente da PRF

No último final de semana a Polícia Rodoviária Federal aprendeu uma carga de vinhos ilegais avaliada em mais de meio milhão de reais em Tabaí. Na semana anterior, uma operação da Polícia Federal apreendeu veículos e flagrou vinhos ilegais em Passo Fundo e Constantina, mostrando que estas cargas circulavam na região.

Falando sobre o assunto na Uirapuru, o chefe da 8ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Passo Fundo, Rodrigo Calegari, explicou que estas apreensões envolvendo vinhos vem sendo frequentes. Ele explicou que a cota de bebidas que pode ser trazida da fronteira do Uruguai ou Argentina é de 24 litros ou cerca de 15 a 16 garrafas. Passando disso, a carga já é verificada como contrabando ou descaminho, considerados crimes. Conforme Calegari, o objetivo destas ações tem fins comerciais e sonegação de impostos.

Na maioria dos casos onde configura-se crime, os veículos chegam no Brasil abarrotados de bebidas, principalmente vinhos caríssimos, e, quando abordados, são apreendidos a mercadoria e o próprio veículo. Posteriormente, eles são encaminhados para a Receita Federal e levados para leilão. De acordo com o agente da PRF, o vinho vem sendo a bebida mais procurada para este tipo de crime, porque tem custo bem mais barato na Argentina e Uruguai do que no Brasil. Quando chegam ao país, os contrabandistas revendem a bebida por um valor 150% mais caro.

Segundo Calegari, este tipo de transporte vem dando lucro e muitos utilizam deste crime para sobreviver. No entanto, em casos mais graves, o descaminho também pode ser utilizado para lavagem de dinheiro, tráfico de drogas ou até mesmo furto e roubo de veículos, fazendo com que este tipo de crime tenha por trás diversas outras ilegalidades.

Fonte: Radio Uirapuru

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